A primeira, sobre a origem da palavra sacrifício. Nunca havia pensado na origem latina, “sacer-facere”, que significa “tornar sagrado”. Ainda não me convence, eu que sou muito influenciado pela sugestão de Nietzsche, para quem é preciso valorizar a potência da vida. Faz um paralelo com Spinoza, que afirmava que a piedade se relaciona com a tristeza. Nietzsche, na mesma linha, sugeria que a compaixão não passa de um engano, legítima defesa diante da covardia ou horror, uma fraqueza, uma afeto que prejudica, porque sofremos por nós e pelo outro, não superando efetivamente o sofrimento.
Eu me dirijo para a superação dos estágios degradantes do ser humano.
Mas, de qualquer maneira, a origem da palavra sofrimento dá uma conotação mais nobre do que imaginava a este conceito.
Na mesma linha, ouvi a explicação sobre o jejum, como demonstração de controle pessoal sobre o corpo, sobre o desejo, abrindo espaço para o contato e a vontade divinos. Algo que se aproxima em muito da lógica budista, talvez mais tênue. Jejuar é refrear o desejo, ou melhor, controlá-lo, purificar o entorpecimento espiritual . Esta é a essência da transmaterialização, base de toda lógica religiosa.
Foi um aprendizado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário