Carta Maior efetuou um balanço dos salários médios pagos no ocidente e os comparou aos da China. Parece estar aí uma das causas da mudança do ranking de potências e desenvolvimento mundial. Senão, vejamos:
1) Das 3 bilhões de pessoas ativas no mercado global de hoje, metade ganha menos de 3 dólares por dia;
2) A China tem custo/hora do trabalho de 60 cents. A média da Alemanha é de 30 dólares; dos EUA é de 21 dólares e do Brasil é 4,50 dólares;
3) Segundo a Comissão Européia, a parcela de riqueza destinada atualmente aos salários é a mais baixa desde 1960.
2 comentários:
Caro Rudá não seria melhor para aferir os salarios dos trabalhadores, se visse quanto do "arroz e feijão" de cada pais, um trabalhador e capaz de comprar com um mes de salario?
E nessa cesta colocasse o valor da energia, de transporte, daí teriamos uma ideia mais correta do salario do tranalhador, e poderiamos ate comparar com os salarios dos nossos trabalhadores.
Sim. Você tem toda razão. Seria o mais correta, inclusive, deflacionar. O Japão, inclusive, quando fez a reforma agrária, congelou o preço da terra em valores do valor médio de colheita de saca de arroz, para impedir o repasse da terra (para conseguir renda, só sobrava produzir).
Sua proposta relacionaria o custo da cesta básica com o valor do salário em dólar. O Banco Mundial, inclusive, alterou a metodologia de montagem do ranking mundial dos PIBs em função disto.
Mas, ao menos, temos um dado.
O fato é que Chico de Oliveira está dizendo que esta disfunção entre salários do ocidente e China dificulta a apropriação de parcelas maiores de mais-valia, o que gera uma crise permanente nos países ocidentais centrais. Se ele estiver realmente certo, projeta-se a mudança no ranking de PIBs, tal como se sustenta em relação aos emergentes (menos a Rússia, que parece que patina e não consegue a recuperação do Brasil, Índia e China).
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