sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Natal e caneta Parker, por Raul Bastos
" 1) nunca mais o mundo haverá uma goiabada cascão como a que era vendida no Emporio Godinho, lá perto da Camara. 2) nunca ninguem namorou com tanto desejo e perseverança como eu amei uma caneta Parker 51 azul que me olhava com alguma simpatia da vitrine na Casa das Canetas que ficava lá naquela ruazinha em frente às escadarias que iam dar na Camara Municipal.
A Casa das Canetas, depois, quando a Camara se foi, foi parar no Martinelli e hoje, deslocada, assustada e perplexa, foi literalmente dar com os costados e vive às moscas num desses bairros da moda onde a moda é comprar computador e não canetas e onde escrever à mão é uma heresia, ou melhor, onde escrever é uma heresia. Um cartão de Natal então nem pensa pela simples e boal razão de que a máquina pode resolver essa chateação. Com o tempo a maioria fará o mesmo, se é que já não está pensando porque o pressuposto não é valorizar o que escrever mas sim por onde se escreve.
Desculpe...... é o jurassico dentro de mim que vez ou outra e muito mais do que o recomendavel sai e fica latindo contra o progresso,um imbecil esse TiranusRexBastos.
No mais, você,evidentemente, nunca vai precisar pedir licença para nada pela simples e boa razão de que comigo você tem franquia, a fraquia, franquia absoluta.
La se vão (meu Deus eu escrevi isso), 51 anos de convivencia de dois meninos ligeiramente perplexos e muito assustados naquela maravilhosa redação que começava a dar sentido e razão às nossas vidas. E deu.
Hoje Ligeiramente assustado e bastante perplexo mas torcendo para que ninguem (dos que valem a pena, é claro) desista, como você está nos ensinando não desistir, aceite um um beijo dobrado, um suspiro roubado e uma amizade sem fim, igualzinho às das Irmãs Galvão, que hoje estou me sentindo meio velhinho e muito sentimental.
FELIZES SERÃO OS ANOS NOVOS"
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