sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Indústria a todo vapor em 2010


O Estadão publicou projeção de empresários e economistas sobre crescimento da produção industrial no primeiro trimestre, período tradicionalmente fraco, marcado por férias coletivas e demissão de temporários, de 2010. A consultoria MB Associados prevê expansão de 12,1% para a indústria no período. Já a LCA Consultores espera crescimento maior, de 16,5%. A Vitopel, maior fabricante de embalagens plásticas flexíveis da América Latina, fechou o orçamento para 2010 com previsão de aumento de 13,7% na produção do primeiro trimestre. Para o ano todo, a expectativa é de 7%. "O ambiente é bastante positivo para os próximos cinco meses", diz o presidente da Vitopel, José Ricardo Roriz Coelho. Segundo Roriz Coelho, diretor do Departamento de Tecnologia e Competitividade da Fiesp, a grande maioria das empresas que não dependem de exportação também trabalha neste fim de ano no limite máximo da produção e teve de recorrer ao cancelamento das tradicionais férias de fim de ano. Fabricantes de eletroeletrônicos instalados na Zona Franca de Manaus trabalham em três turnos para dar conta das encomendas. Várias empresas, como a LG e a Philips, tiveram de reduzir ou suspender as férias coletivas. No setor de informática, a expectativa da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) é de que as vendas de PCs mantenham no ano o mesmo volume de 2008 (12 milhões de unidades), apesar da queda de 17% ocorrida no primeiro semestre.
Para Bráulio, a tônica da atividade nesse período será "os bancos privados pisando no acelerador do crédito para o consumo e para as empresas". Hoje, segundo ele, já não há tanto receio de emprestar, porque a inadimplência do consumidor está em queda e a das empresas parou de subir. "Com os bancos privados voltando ao jogo do crédito, a gente pode esperar uma competição ferrenha pelo consumidor e pelas empresas, o que obviamente vai estimular a atividade econômica", ressalta o economista da LCA.
No Bradesco, a inadimplência na carteira de crédito de pessoas jurídicas começa a sinalizar recuo, principalmente em grandes empresas. Nesse segmento, a taxa de inadimplência saiu de um nível de 0,5%, em dezembro de 2008, e atingiu o pico de 0,9% em setembro último.

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