domingo, 6 de dezembro de 2009
O tempo passou muito rápido para Frei Betto
Frei Betto é um desses personagens do passado, assim como César Benjamin. Seu estilo de redação revela este anacronismo. Há algum tempo, chega atrasado para pegar a janelinha. Suas análises são previsíveis porque analisam algo com óculos desfocados, viciados. Defender o regime castrista, governado por quem não sai do poder desde a revolução, é quase um ode contra a juventude. Nós, que temos mais de 40 anos, temos que ter o desprendimento para saber o momento de darmos lugar aos jovens.
Frei Betto deveria reler os escritos de Ranulfo, do CEPIS, que nos ensinou, um dia, que o trabalho pastoral exige afastamento quando percebemos que a comunidade que atendemos já possui autonomia. Essa é a hora de mudarmos para outro lugar ou nos tornamos cúmplices de nós mesmos, nos reproduzimos na mesmice e começamos a tutelar o mundo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
César Benjamin é apenas um sintoma
Participei do repúdio à “Ditabranda”, mas não fui ao protesto contra o artigo de César Benjamin. Acho que a celeuma lhe conferiu visibilidade desnecessária e alimentou uma ilusória vocação “polemista” da Folha.
É incrível que o jornal tenha descido a esse nível de vulgaridade. Há alguns anos, seria inimaginável que qualquer veículo publicasse um texto acusando o presidente da República de querer sodomizar alguém na cadeia (tecnicamente, “atentado violento ao pudor”), apenas porque um colunista obscuro decidiu combater a popularidade do mandatário.
Parece fácil, para Antonio Cicero e outros, defender essa liberdade opinativa de mão única. Mas ninguém consegue explicar por que nenhum governo jamais foi atacado de maneira tão grosseira, descarada e inescrupulosa. De erro em erro, a cada suposto “deslize” porcamente corrigido, constrói-se a metodologia difamatória que está reduzindo o jornalismo brasileiro ao achaque ideológico.
A truanice de Benjamin é exemplo menor, infantil até, de uma tendência que teve episódios muito mais graves e conseqüentes. Mas ela serve como anúncio do que nos aguarda nas batalhas eleitorais vindouras.
Guilherme,
Você deve ter percebido que citei sutilmente a entrevista de César Benjamin neste blog. Eu fiquei perplexo. Tempos atrás, troquei emails com Benjamin em virtude das análises de conjuntura que ele produzia. Era visível o desconforto e iimensa frustração que sofria. Mas, daí, para o ataque pessoal deste nível, eu nunca poderia imaginar. Há um limite moral nos ataques políticos que, percebo, já foram superados em muito em nosso país. É muito estranho conhecer alguém, mesmo sendo apenas por trocal de emails, que entra nesta ladeira abaixo.
Postar um comentário