terça-feira, 24 de novembro de 2009
Debate sobre movimentos sociais em SP
Ontem e hoje participei dei duas palestras discutindo os desafios de movimentos sociais e lutal por direitos no Brasil. Criei uma periodização para facilitar a exposição (com todos os riscos de sínteses e generalizações):
1) 1974-1985: Revisão de parte da esquerda ex-guerrilheira e deliberação para trabalho de organização e politização das bases sociais. Ampliação do trabalho organizativo dos agentes pastorais vinculados à Teologia da Libertação. Aproximação dessas duas correntes que cria um paradoxal ideário: democracia direta, anti-institucionalismo, anticapitalismo, ampliação dos locais do fazer política (para os bairros e locais de trabalho);
2) 1985-1993: Era dos Movimentos Sociais brasileiros. Crise de identidade das pastorais sociais (assessoria ou organização autônoma?). Hegemonia do ideário anti-institucionalista e início de seus dilemas, com introdução do conceito de participacionismo na constituição de 88 e eleição de suas lideranças sociais.
3) 1993-2002: Inflexão e aumento do poder, no interior das organizações sindicais e partidos de esquerda (incluindo o PT) do centralismo. Volta do ideário da CGT (no interior da CUT) e Partidão (no interior do PT).
4) 2002-2009: Ascensão do lulismo. Fragmentação temática e subordinação de parte dos movimentos sociais, ongs e pastorais sociais à lógica da burocracia estatal. Alguns movimentos sociais se transformam em organização. Governo Lula inicia conclusão da modernização conservadora iniciada por Vargas.
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Um comentário:
Parece interessante essa periodização. Mas falta alguma conclusão dessa síntese. Como não estive lá e me interesso pelo temos pergunto;Poderia disponibilizar a palestra?
grato
André
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