Já analisei, por mais de uma vez, a queda de venda dos jornais brasileiros. Esta é uma importante pista para entendermos a linha editorial raivosa de alguns jornalões tupiniquins. Não se trata de jornalismo investigativo e fiscalizador, mas de opinião substituindo notícias, em grande parte das vezes.
O fato é que o Instituto Verificador de Circulação (IVC) divulgou anteontem que a circulação e assinatura dos jornais impressos teve aumento de apenas 1,8% em 2012, sendo que o principal fator de aumento foi a edição digital dos impressos (incluindo assinaturas).
2012 escancarou a crise dos jornais impressos. Fecharam as portas o Jornal da Tarde (São Paulo), Diário do Povo (Campinas, do Grupo RAC; o jornal foi substituído por um site fechado), O Povo (Alagoas), Marca Brasil (São Paulo/Rio de Janeiro, do Grupo Ejesa, que edita o Brasil Econômico e Portal iG), Meia Hora SP (também do Grupo Ejesa, publiação com apenas sete meses de vida). Já tínhamos presenciado o fechamento da Gazeta Mercantil, Estado do Paraná e Jornal do Brasil.
Fora do país, temos casos surpreendentes de crise envolvendo El País, The Gardian e Usa Today.
Afirma-se que nos EUA a internet teria diminuído em 30% os leitores de jornais impressos.
Parte da grande imprensa procura, ainda que timidamente, politizar esta queda de vendas, repercutindo a "perseguição" realizada pelo governo argentino. Uma possível estratégia de marketing, procurando garantir seus leitores fiéis, mais antigos, que possuem perfil de renda e ideológico mais nítido.
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