quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Leo Burguês vira o jogo em BH

Repetindo o que ocorreu Brasil afora, Leo Burguês se tornou, mais uma vez, presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, a despeito dos ataques da maioria dos vereadores, descontentes com seu estilo superlativo de agir. Os descontentes não se acertaram e os apoiadores (todos de outros poderes públicos) viraram o jogo. Mais interessante: PTdoB em alta! Vejam o título da matéria do site O Tempo:


Pivô de escândalos é mantido na presidência da Câmara
Eleito era tido como o nome mais improvável entre os concorrentes
Publicado no Jornal OTEMPO em 02/01/2013
ISABELLA LACERD




Um racha na base do prefeito Marcio Lacerda (PSB) na Câmara de Belo Horizonte levou à reeleição o presidente da Casa, o vereador Léo Burguês (PSDB), pivô de escândalos durante a última legislatura. Sem apoio do seu partido e mesmo não tendo a adesão de Lacerda a seu nome, o tucano foi mantido por mais dois anos na presidência da Câmara tendo a sua chapa sido votada por 21 vereadores.

O nome de Burguês, que até horas antes da eleição era tido como improvável, foi escolhido em meio a muita articulação e graças, principalmente, à adesão de vereadores novatos a sua candidatura. Duas horas antes da reunião, que também empossou o prefeito reeleito na capital e os 41 vereadores eleitos, o grupo de Burguês tentava um acordo com o também tucano Henrique Braga - opção surgida de última hora para tentar um consenso dentro da Casa.

Sem consenso, o grupo decidiu disputar voto a voto a eleição, indo contra uma decisão anterior do PSDB. Do outro lado, PSB e PT haviam se unido em torno de Bruno Miranda (PDT), que também pretendia lançar uma chapa.

Miranda era considerado o preferido de Lacerda, porém, desagradava os tucanos que não aceitavam perder a direção do Legislativo.

Para evitar um racha ainda maior e não desagradar o senador Aécio Neves (PSDB), momentos antes da votação Lacerda entrou em contato com o grupo liderado pelo pedetista pedindo para que apoiasse Braga. A solicitação, porém, não foi atendida pelo PT, que integra o grupo de oposição ao socialista. Henrique Braga foi derrotado com 14 votos. Quatro petistas se abstiveram e dois vereadores não estavam presentes na hora da votação.
Racha. Burguês afirmou que acha "legítimo" Lacerda ter preferido outro candidato e admitiu que vai ser mais "difícil" para o Executivo votar os projetos de seu interesse "já que a base de governo não está tão forte na Casa". O tucano fez questão de minimizar as polêmicas que o envolveram nos últimos anos, como a aprovação do aumento salarial de 61,8%, que foi vetado por Lacerda, e a compra de lanches no bufê de sua madrasta, ressaltando que existem altos e baixos em qualquer um dos Poderes.

Já Braga garantiu que a eleição de Burguês "racha o PSDB". "Ele comprou uma briga com o partido", disse.

Ao mesmo tempo, o PSB do prefeito decidiu, ontem, durante reunião da bancada, fazer oposição à Mesa Diretora eleita, o que coloca de lados opostos as principais siglas que apoiaram a eleição de Lacerda.

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