Agora a crise já chega até a ponta, até o consumidor de baixa renda. Matéria publicada no jornal Valor Econômico ("Bancos têm que remodelar o crédito para a baixa renda") informa que de 2005 a 2012, mais de 42 milhões de novos clientes ingressaram no mundo do crédito bancário brasileiro. O jornal destaca que foi um dos fenômenos mais velozes e impressionantes de "bancarização". O teto de comprometimento da renda mensal precisou ser revista. Os bancos afirmam que até então não havia histórico de comportamento desses novos clientes. O Bradesco afirma que a inadimplência de pessoa física chegou ao terceiro trimestre a 6,2% e sustenta que o comprometimento do orçamento mensal deve ser revista de 30% para 10% ou 12%. O que me parece estranho, já que todos estudos indicam que os devedores de baixa renda são, no mundo (veja caso do Banco do Povo, em Bangladesh) os mais corretos e fiéis. No Brasil, os dados oficiais também corroboraram esta máxima. Mas a inadimplência, segundo o Banco Central, chegou em novembro 0,1% abaixo da máxima histórica (que é de 7,9%).
Os bancos privados avaliam que não havia como não passar por esta situação. São excluídos históricos do sistema bancário que ingressaram com voracidade. Um dos resultados da inserção pelo consumo realizado pelo lulismo. E é por este motivo que esta notícia é importante para a vitalidade do lulismo e governo federal. 2013 começa com nuvens pretas para este poderoso bloco político.
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