A história divulgada pelo Wilileaks envolvendo o jornalista da Globo. William Waack, como informante do governo americano no Brasil parece ficção ou teoria conspiratória. Mas os dados divulgados são precisos. A visita de um porta-aviões americano em 2008 e sua repercussão no Brasil, assim como pontos positivos nas relações entre os dois países são assuntos tratados em um documento em que Waack é considerado colaborador dos EUA. Outros dois documentos tratam de comentários de Waack sobre as eleições de 2010.
Segundo os documentos divulgados, no dia 13 de fevereiro de 2010, um despacho classificado como confidencial foi enviado da Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília, para o Departamento de Estado, em Washington. O memorando relata conversas de diplomatas americanos com dois dos mais experientes e bem colocados jornalistas brasileiros: William Waack, editor do Jornal da Globo, e Hélio Gurovitz, diretor de redação da revista Época. Waack teria, segundo relatado do memorando, informado que o então candidato Ciro Gomes seria o candidato mais forte. Aécio Neves, o mais carismático. Serra, sem graça, mas competente. E sobre Dilma Rousseff? “A menos coerente”, disse Waack a seus interlocutores norte-americanos. Hélio Gurovitz, que passou pela Folha de S. Paulo e pela Exame, antes de chegar à Época, levado por Paulo Nogueira, também foi ouvido pelos americanos. Disse ele que o Brasil tinha uma sociedade parecida com a chilena e que o País estava pronto para alternar os partidos no poder. Ou seja: depois de oito anos de Lula e PT, seria possível voltar aos braços do PSDB. E o Chile havia acabado de eleger o conservador Sebastian Piñera, encerrando o ciclo de esquerda, dos partidos da chamada Concertación.
O informe JB obteve a confirmação do Wilileaks sobre os documentos citados. Waak teria sido citado três vezes em situações semelhantes, oferecendo informes e avaliações ao governo norte-americano sobre a política nacional. Dois desses documentos estariam classificados como confidenciais. Veja a nota do JB postada no twitter:
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