Acabo de ler um dos premiados da quarta edição do Prêmio São Paulo de Literatura, concedido pela Secretaria de Estado da Cultura: o livro Método prático da guerrilha, de Marcelo Ferroni. Ferroni é autor estreante. Não gostei. O mote até que é interessante: relata a tentativa desesperada de Che Guevara em organizar a guerrilha na Bolívia (que lhe levou à morte), introduzindo um elemento de ficção: um suposto diário de um participante brasileiro no grupo de Che. O autor, contudo, cira um tom tão realista que perde o inusitado e o que há de ficcional. A maior parte do livro passa a ser uma narrativa - já realizada em muitos livros biográficos sobre Che - da angústia (e grosseria) dos últimos dias do líder revolucionário. Não se aprofunda em nenhum aspecto central, nem no perfil psicológico dos personagens, perdendo uma grande chance.
Comecei a ler o outro premiado, Rubens Figueiredo, autor de Passageiro do fim do dia, que conquistou o prêmio na categoria Melhor Livro do Ano 2011. Espero que concorde com os jurados do Prêmio São Paulo.
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