Hoje, o Ministro dos Esportes tentará se defender das inúmeras acusações (incluindo as de um ex-militante do PCdoB) de desvio de verbas pelas ongs que participam do programa Segundo Tempo, para um caixa de campanha do partido.
Acusação qualquer um pode fazer. E acusação da Veja não tem lá grande credibilidade. Mas as acusações pululam.
O que me interessa é entender a trajetória de um partido maoísta que, em plena democracia e ascensão de governos de centro-esquerda, perdem o eixo. O PCdoB sempre foi um partido de quadros clássico. Tanto que adota a fórmula clássica de recrutar militantes no movimento estudantil. Mas o PCdoB não conseguiu voar mais que isto. Os 40 prefeitos estão concentrados na Bahia (18 prefeitos e outros 19 vice-prefeitos, com destaque para o município de Juazeiro). Como é possível perceber no gráfico que ilustra esta nota, a eleição de prefeitos e vereadores comunistas se alimentou da ascensão do lulismo. Mas é justamente aí que mora o perigo. Lula e a base aliada começaram, recentemente, a escantear o PCdoB. O fogo amigo cresce. Vários afirmam que a participação no governo federal é desproporcional ao peso eleitoral. Aldo Rebelo foi a primeira vítima. O cargo de Autoridade Pública Olímpica foi o segundo golpe. Se Orlando Silva cair, só restará a eleição de 2012 para retornar à elite política do país.
Esta é a possível explicação para os problemas atuais: um partido de quadros que se vê numa encruzilhada para manter algum peso político real num país em franco crescimento.
Um comentário:
Denúncia contra o Governo vinda da Veja vale menos que os excrementos que vez ou outra os cachorros da vizinhança deixam aqui na calçada de casa. A coisa muda de figura quando surgem indícios levantados pela Controladoria-Geral da União, órgão de assessoria do Poder Executivo. Só resta aos governistas deixarem a CGU e a PF trabalharem (como tem feito) ou taxarem os servidores públicos da CGU de golpistas. Aliás, o demo-tucanato era craque em caluniar os servidores públicos.
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