sábado, 20 de junho de 2009

Debate entre Paulo Renato e Fernando Haddad


Um debate entre Fernando Haddad e Paulo Renato Souza (debate promovido pelo Grupo Estado) revelou o quanto os dois dirigentes da área educacional vinculados aos dois maiores partidos do país se aproximam rapidamente. Os dois afirmaram que os cursos de formação de professores precisam mudar para que o ensino no país melhore. O ministro Haddad propõe que o Estado assuma esta tarefa, via universidades públicas, a partir da reformulação dos currículos de cursos de Pedagogia e Licenciatura. Já Paulo Renato acredita em cursos de aprimoramento oferecidos depois da formação universitária podem ajudar a melhorar a preparação do professor. O Estado criou no mês passado a Escola de Formação de Professores, que vai oferecer cursos durante quatro meses para docentes aprovados em concursos. O vídeo com a íntegra do debate já está disponível na TV Estadão, no portal http://www.estadao.com.br.
O mais importante: Ministro e secretário também disseram que o aumento da quantidade de professores com curso superior no país não ajudou a melhorar a qualidade do ensino. Dados do primeiro censo completo do professor, divulgado no mês passado, mostram que 70% do 1,8 milhão de docentes da educação básica têm formação universitária. Este argumento coloca por terra aqueles que acreditam que a saída é a qualificação dos professores.

Mesmo assim, o Brasil possui déficit de 200 mil professores nas áreas de física, química, matemática e biologia.

O ex-ministro fez uma importante projeção sobre os salários dos professores. Disse que em 2003, os profissionais com curso superior completo ou incompleto ganhavam 86% a mais que docentes brasileiros. Em 2007, essa diferença caiu para 61%. A média salarial dos professores é de R$ 1,3 mil. A comparação não levou em conta o novo piso salarial de professores no País. Avalia que em 2015 os valores estarão equiparados. Mesmo assim, com bom tucano, defendeu a tal premiação por desempenho dos alunos (algo totalmente sem sentido).

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