segunda-feira, 22 de junho de 2009

Curió abre arquivo sobre guerrilha do Araguaia


O Estadão publicou, no domingo, importante matéria sobre assassinatos de guerrilheiros do Araguaia. O major Curió (foto) abriu ao jornal seu arquivo sobre a Guerrilha do Araguaia (1972-1975). Os documentos, guardados numa mala de couro vermelho há 34 anos, detalham e confirmam a execução de adversários da ditadura nas bases das Forças Armadas na Amazônia. Dos 67 integrantes do movimento de resistência mortos durante o conflito com militares, 41 foram presos, amarrados e executados, quando não ofereciam risco às tropas. Até a abertura do arquivo de Curió, eram conhecidos 25 casos de execução. Agora há 16 novos casos, reunidos a partir do confronto do arquivo do major com os livros e reportagens publicados. A morte de prisioneiros representou 61% do total de baixas na coluna guerrilheira.
Para dar apenas um exemplo do que se encontra nas anotações, reproduzo a que cita a morte do guerrilheiro paulista Antônio Guilherme Ribas, o Zé Ferreira: “Morto em 12/1973. Sua cabeça foi levada para Xambioá”.
Hoje, aumentaram as pressões para que todos arquivos sobre a guerrilhas sejam abertos. Paulo Henrique Amorim sugere, no seu artigo do dia, que a confidência de Curió desmonta a lei da anistia.

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