segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
O escândalo de John Train, ex-presidente da Merrill Lynch
Um artigo de Andrew Sorkin, no The New York Times, deu o tom do impacto do estilo Wall Street de viver em plena crise econômico dos EUA. Sorkin comenta a compra de John Thain, ex-presidente do Merrill Lynch, que teria gasto US$ 1,2 milhão redecorando seu escritório enquanto o banco vivia seus estertores finais parece apenas confirmar as piores suspeitas das pessoas sobre o dinheiro e a arrogância que ele pode despertar. Seu vaso sanitário de US$ 35 mil. Mas não fica por aí. Cita a cortina de chuveiro de US$ 6 mil que Dennis Kozlowski mandou comprar quando era presidente-executivo da Tyco International. Atualmente, ele está servindo uma sentença mínima de 100 meses de prisão por apropriação indébita de US$ 400 milhões da empresa. Cita, ainda David Rubenstein, co-fundador do Carlyle Group, um fundo de capital privado, que hoje "passa menos tempo na estrada fazendo palestras para potenciais investidores e mais tempo com os investidores atuais do grupo, preocupados com seu dinheiro". E, continua: "no começo de 2008, as ações que Vikram Pandit, o presidente-executivo do Citigroup, detinha em sua própria empresa valiam US$ 31 milhões, de acordo com a Equilar. Hoje, valem US$ 3,7 milhões."
A participação acionária de Thain (o homem do vaso sanitário) no Merrill Lynch valia US$ 28,5 milhões um ano atrás, e hoje caiu a US$ 6,5 milhões. Lloyd Blankfein, presidente-executivo do Goldman Sachs, detinha US$ 465 milhões em ações da empresa no começo de 2008, e hoje seu investimento vale US$ 167 milhões. Kenneth Lewis, que está pressionado em seu posto como presidente-executivo do Bank of America, tinha US$ 121 milhões em ações do banco um ano atrás, e hoje elas valem US$ 18,5 milhões.
"Dois anos atrás, eu tinha alunos que reclamavam de ofertas de salário de US$ 1 milhão anuais", diz Nabil El-Hage, professor de práticas de gestão na escola de administração de empresas da Universidade Harvard, e titular de um curso popular sobre o capital privado. "Hoje há uma compreensão clara de que ninguém vai ganhar um dinheiro absurdo aos 30, 35 ou 40 anos, como era possível até recentemente".
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