terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
A análise do Migalhas
Francisco Petrus e José Márcio Mendonça analisam a vitória do PMDB (e suas repercussões) no boletim do "Migalhas". Reproduzo algumas passagens:
"Pelos resultados folgados alcançados pelos peemedebistas Sarney e Teme, pode-se afirmar, com segurança, que, apesar das cirandas e dos tiros em "folha-seca", Lula apostou suas fichas mesmo foi no PMDB. Se alguém foi traído nas disputas pelas presidências da Câmara e do Senado, como se imagina que poderia ocorrer quando a luta nas duas casas ficou acirrada, foi o senador Tião Viana e o deputado Aldo Rebelo. Não faltou o velho pragmatismo, com pitadas ideológicas e políticas de ocasião, que sempre marcou a trajetória política de Lula desde os tempos de líder sindical."
"Uma parte do PT é um pote assim de mágoas com o presidente Lula em função do desfecho da sucessão na Câmara e no Senado. Petistas não se conformam com a "submissão" do Planalto aos interesses políticos e outros tais do PMDB. A duras penas o PT está descobrindo a diferença entre petismo e lulismo."
As opções do PMDB para 2010:
"o nome de Aécio está aí, cada vez mais um candidato em busca de uma legenda ; Aécio não embarcou no lance de Serra na candidatura de Tião Viana do PT no Senado ; (ii) o PMDB não perde nada entrando na luta pelo Planalto no primeiro turno. (...) Até o momento de uma decisão, o PMDB vai fazer o jogo que mais gosta : não criar muitas dificuldades para o governo no Congresso, mas também não cortejar Lula automaticamente ; adorará Dilma, flertará descaradamente com Serra e fará charminhos nada discretos para Aécio. "
"São insondáveis ainda, para governistas e oposicionistas, os motivos que levaram Sarney, do alto de seus 78 anos, depois de ter negado quase sob juramento não ter a menor intenção, o menor desejo de entrar na disputa, a mergulhar de corpo e alma. Uma das explicações é a de que o ex-presidente da República precisa do poder federal para manter os espaços políticos e econômicos de seu clã no Maranhão. A outra é a de que ele precisa de força para conter os avanços da PF nos negócios comandados por seu filho Fernando. É muito pouco para tanto sacrifício. Tanto governistas quanto oposicionistas estão intrigados com os propósitos de Sarney. "
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