domingo, 16 de novembro de 2008
A seca no Norte de MG
A seca do norte de Minas Gerais é um tema recorrente, assim como a pobreza do Vale do Jequitinhonha. Entra governo, sai governo, os dois temas são uma constante nas manchetes de jornais. Agora é período de seca grave no norte do Estado. As matérias nos jornais começam a se multiplicar, como uma espécie de efeméride estadual.
Leio relatos que são arrolados em muitos jornais. Este é um deles: “A ajuda que a gente recebe desse pessoal é só conversa. Ajuda nossa mesmo é de Deus. Governo e prefeito nunca deram aqui nem uma folha para tampar o vento”, resumiu o agricultor Aloeci Francisco Batista, 58 anos, 30 deles vividos na comunidade Curral de Varas, na zona rural do município de Porteirinha. Como diretor de ONG não culpo apenas os políticos profissionais e governos, mas a capacidade de nossas entidades elaborarem propostas factíveis e em escala suficiente para alterar este cenário. A Secretaria de Meio Ambiente, por exemplo, prevê liberaçào este ano de R$ 10 milhões para ações de melhoria da quantidade e da qualidade da água nas áreas mais atingidas pela estiagem. Os recursos integram o Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do estado (Fhidro), um dos fundos mais profícuos de MG. O secretário José Carlos Carvalho é, em minha opinião, o mais capaz e comprometido do governo Aécio Neves. O pacote do governo prevê ainda a aplicação de R$ 4,8 milhões na construção de 2 mil cisternas de captação da água da chuva e em capacitação das comunidades em gestão de recursos hídricos. Estas ações foram articuladas em parceria com a Cáritas e com a Articulação do Semi-Árido Brasileiro (ASA). O que, afinal, devemos fazer para este problema estrutural ser superado ainda no século XXI?
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