sábado, 15 de novembro de 2008
Obama, o pêndulo?
Obama é conhecido por sua capacidade de mediar e por ser muito cauteloso nas suas decisões, chegando a ser qualificado por alguns de seus conhecidos como “conservador” (pouco ousado seria o mais correto). Parece, contudo, que este perfil acaba por levá-lo a se articular com forças sociais muitas vezes opostas. No final da campanha, o nome de William Ayers (na foto) foi levantado por McCain, como amigo de Obama. Ayers estaria do lado oposto das posições do futuro chefe de gabinete do novo Presidente dos EUA. Algo que só o governo Lula explicaria. Ayers nasceu em 1944 e nos anos 60 foi um militante importante que se opôs à guerra contrao Vietnã. Em 68 fundou uma organização de esquerda (Weather Underground) que teria tentado explodir prédios públicos (no velho estilo de “ação direta”). Foi militante da New Left e da Students for a Democratic Society. Hoje, leciona na Universidade de Illionois e recebeu vários títulos de distinção na área educacional. No estilo já conhecido dos brasileiros, Obama elaborou duas respostas à McCain:
RESPOSTA 1: “A verdade é que eu também sou amigo de Tom Coburn, um dos mais conservadores republicanos no Senado, que uma vez durante sua campanha disse que seria apropriada a aplicação da pena de morte para quem executasse abortos. Eu preciso me desculpar pelas declarações de Coburn? Porque eu também não concordo com estas”.
RESPOSTA 2: "Vamos deixar as coisas claras. Bill Ayers é um professor em Chicago. Há quarenta anos, quando eu tinha oito (anos), realizou atos com um grupo radical e eu condeno estes atos. Ayers não está envolvido em minha campanha, nunca esteve envolvido em minha campanha e não vai estar na Casa Branca".
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