Ouvi, ontem, uma história deliciosa sobre o estilo Aécio. Semanas atrás, Aécio teria pedido para o deputado João Leite e solicitou que agendasse audiência com o prefeito Marcio Lacerda. O jogo seria o seguinte: João Leite diria que só aceitaria a Secretaria de Obras, definida por seu partido como da cota em função do apoio decisivo do PSDB para a reeleição de Lacerda (lembremos que Andréa Neves assumiu importante papel no seu comitê eleitoral). Aécio já sabia que o prefeito não teria como acatar esta demanda. Dito e feito. Segundo o mesmo relato, Marcio Lacerda teria dito que qualquer outra secretaria estaria à disposição do deputado tucano, mas que a de obras continuaria com o atual titular. Foi a senha para se vazar, junto à imprensa mineira, que as relações estavam tensas. Até mesmo o nome de Andréa Neves foi ventilado como defensora do irmão. Teria adotado um tom pouco acima do razoável para falar com o prefeito da capital mineira.
A partir daí, Aécio avançou sobre outras pérolas, como a URBEL, controlado direta e indiretamente por petistas (ou anti-tucanos) em virtude da política de intervenção urbana, em especial, regiões mais pobres e favelas.
O fato é que hoje se noticia que o PSDB ficou fora das principais secretarias da Prefeitura de BH. A Secretaria de Obras ficou com quem Lacerda já havia definido: o atual secretário José Lauro Terror (que já foi funcionário de Lacerda em outros tempos). O vereador Daniel Nepomuceno ficou com a Secretaria de Políticas Sociais. Tucanos ficaram com Saúde, BHTrans e Sudecap. Mas a estratégia de Aécio pode ter surtido efeito. A Secretaria de Esportes, que ficaria com o PDT, vai para o vereador tucano Pablito. E, ainda, possivelmente a Prodabel também será dirigida por um tucano.
Amanhã teremos, possivelmente, o anúncio oficial. Mas ficará a dúvida se o PSDB caiu para cima ou realmente aumentou seu poder.
Fica apenas a dúvida sobre o lugar do governador Anastasia neste jogo.
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