sábado, 19 de janeiro de 2013

Eliane Catanhêde escorregou para a fofoca

É verdade que não há muita pauta quente no início do ano. Mas um jornalista experiente sabe que não deve se confundir com chefe de cerimonial. Aquele estilo que começa a detalhar a cor de gravata, o braço cruzado, a caneta que herdou do pai para assinar o termo de posse, essas bobagens no mais puro estilo Caras. Sei que a falta de assunto é fogo. Mas foi patética a jornalista se preocupar com quem o prefeito eleito convida para suas reuniões. O mandatário é ele e, a despeito do seu desejo, tem um poder muito superior à da jornalista, porque consagrado no sufrágio universal. Se a mãe, a esposa ou Lula participam da reunião de governo não interessa em nada ao cidadão sério. O que interessa é o que discutiram e aprovaram. Algo que a crônica de Eliane se esqueceu. Porque está mais para colunismo social que para análise política.
Assim caminha a fraca imprensa tupiniquim.

3 comentários:

Augusto Ferreira disse...

Podemos confiar que a informação de Cantanhede que Lula está "dando ordens, mostrando quem é o chefe" ao prefeito de São Paulo é tão exata quanto aquela que ela deu e que obrigou a Folha a desmentir a manchete de capa no início do mês?
Que fonte permite a ela tamanha riqueza de detalhes? Ou é pura fantasia para aplacar seu ódio profundo por Lula?

Augusto Ferreira
Curitiba

Roque Callage Neto disse...

Discordo completamente.Lula está em abertop confronto e até insulto às autoridades e as leis constituídas deste País.Anteontem,foi Haddad, a quem foi dar conselhos em pelo expediente do Prefeito, recebido como protocolo municipal. Em quê pais isto ocorre? Ontem, foi no Instituto Lula,recebendo autoridades federais, que "tiraram férias" em pleno dia de expediente para ouví-lo. O que é isto, senão prevaricação do cargo? Faça isto na Alemanha e verá as consequências.Se a maioria iletrada ou de primeiro grau brasileira pouco se importa,é outro problema.As instituições estão aí para serem respeitadas.

Rudá Ricci disse...

Roque,
É um direito seu discordar de minha opinião. Você não deve acompanhar os protocolos de outros países. É comum, nos EUA, que ex-presidentes sejam convidados, como Lula foi, para dar conselhos. Posso citar as reuniões de governo em que Carter ou Clinton deram conselhos. Alemanha é um país com cultura centralizadora, autoritária. Leia Reinhard Bendix, talvez o maior analista da formação das nações (weberiano, para não dizer que é coisa de esquerdista) para compreender o que está falando. O prefeito convida quem desejar e é isto que define a instituição. Enfim, acho sua análise extremamente limitada e reducionista do mundo político e da lógica institucional. Mas, pitaco qualquer um pode dar.