segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Venezuela discute Brasil Potência


A semana começa com a América Latina discutindo o novo papel geopolítico do Brasil. Recebi a análise abaixo (revista Analitica Premium organizada pela oposição a Chávez) da Venezuela. Reproduzo partes do artigo, numa tradução livre:

"Domingo, 11 de outubro, 2009

ANÁLISE INTERNACIONAL
Semana de outubro 5-11

Brasil, o império do sul

Por algum tempo, falando sobre as possibilidades de seu país e o contexto regional, o embaixador brasileiro disse para os representantes da ONU: "Brasil é o pais do futuro e sempre será." Brasil, o maior país do mundo para seu povo, o gigante adormecido da década de 70, sempre foi uma promessa? Embora hegemônico, com um perfil do seu tamanho, suas capacidades, a sua localização, tem sua influência regional em causa. Lula da Silva colocou a casa em ordem, e agora apresenta a intenção clara de o Brasil ter um lugar entre aqueles que têm poder, depois que a Argentina deixou de ser a algum tempo. Assim, vemos que o Brasil continua na sua luta para obter um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Vale a pena lembrar que a Venezuela está apoiando com toda a sua força diplomática esta aspiração, mas é justo reconhecer que esta idéia foi inicialmente apoiada pelo Presidente Rafael Caldera, que a propôs para surpresa de alguns e estupor outros, no seu discurso perante a Assembléia Geral das Nações Unidas. Posteriormente, o Ministério das Relações Exteriores venezuelano tentou alterar o mapa de outros candidatos regionais, e qualifica a posição, flertando com algumas propostas alternativas, incluindo a Itália, membros permanentes rotativos. Com o governo de Chávez em 2000 para ser mais preciso, foi reavivado o fervoroso apoio ao Brasil.
Voltando ao tema em tela, o Brasil está cada vez mais demonstrando firmeza e determinação da sua intenção de deixar de ser o país do futuro para assumir plenamente seu papel hegemônico regional. Iniciativas como a União Sul-Americana de Nações, o Conselho de Defesa Sul-Americano se destacam. Agora, é o principal parceiro da União Europeia na região, ajudado pela queda da iniciativa da Venezuela da CAN. Mas para o Brasil conseguir o papel dominante e se consolidar no poder regional e internacional, como ouvimos estes dias, deve assumir o custo político de levar ordem à sua vizinhança. Não se pode permitir que Lula da Silva siga as linhas do Foro de São Paulo ou ter vista grossa cego para a tentativa de expansão da revolução bolivariana. Em vez disso, deve preencher os espaços que tentou ocupar o socialismo chamado do século XXI e procurar aliados estáveis.
O papel que, ao nosso juízo, jogou o Brasil no caso de Honduras o afasta dessas pretensões, assim como a politização do outrora quase impecável diplomacia do Itamaraty, cujo chefe se filiou no PT para assegurar seu cargo, no caso da canddiata de Lula ganhar as próximas eleições.

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