sábado, 10 de outubro de 2009

Ainda sobre o (des)governo da educação mineira


Além dos itens que indiquei abaixo, vale registrar a lógica da política educacional estadual. Ela se apóia na centralidade do controle sobre as escolas (diminuindo seu grau de autonomia e formulação a partir das dificuldades que percebem nas salas de aula) e na tentativa de melhoria dos indicadores de avaliação externa (IDEB e SIMAVE). De lambuja, adotaram as escolas referência como um modelito do que seria ideal para os gestores. Este é o modelo de empresariamento da educação pública. E deu errado. Totalmente errado. O mais interessante é que esta política destrói a proposta de Paulo Renato, quando Ministro da Educação de FHC. É absolutamente contraditório controlar os professores desde cima e, por exemplo, exigir que a elaboração de 25% do currículo do ensino médio seja regional (como preconiza o PCN de Ensino Médio). Esta contradição no interior do PSDB é pouco comentada na imprensa porque há uma banalização das pautas da área social nos jornais. Não se tem tempo para o jornalista se preparar e estudar. É mais grave do que as teorias conspiratórias acreditam (acham em cada editor um escudeiro da oposição ao lulismo ou aos tucanos).
A política de Aécio para a educação me fez recordar um artigo que escrevi no final da década de 90 para a revista Educação & Sociedade, da UNICAMP. O título era: "O Perfil do Educador do Século XXI: De boi de coice à boi de cambão". Para quem se interessar, veja aqui.

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