sábado, 3 de outubro de 2009

A crise aberta pela fraude do ENEM


Os boatos rodam o meio educacional. O mais forte é a formação de um complô contra o ENEM. O vazamento da prova teria sido arquitetada para evitar a nacionalização do vestibular, como ocorre nos EUA (o que acabaria com um caixa extra até mesmo para as universidades públicas de nosso país).
Se é verdade ou não, temos que aguardar a apuração. Mas o vestibular por faculdade é um absurdo, tão grave quanto propaganda de remédio. Não há sentido algum que uma universidade faça seu vestibular, definindo o que é fundamental um jovem saber. Cria-se uma cadeia imoral, onde professores de tal universidade cobiçada é convidado para falar, vende livros. Os professores recebem para formular questões e para corrijir exames de seleção. O Ensino Médio, num pragmatismo indigente, organiza seu currículo a partir do index do vestibular de tal universidade. Uma roda viva que é um mercado próprio, que desqualifica professores da educação básica e até pais (sem contar com as teorias de reflexo condicionado que são adotados para os candidatos memorizarem tanta informação).
Do outro lado, um erro grosseiro do MEC. Como é possível que três empresas ganhem uma licitação tão importante porque não houve concorrência? E que duas, dentre as três, já haviam apresentado problemas em outros concursos que haviam conduzido?
É esta faceta das licitações que não compreendo. Tanta documentação exigida, tanta burocracia e o óbvio não é levado em consideração.

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