segunda-feira, 2 de março de 2009

Projeções esquizofrênicas sobre a economia tupiniquim


1) A Economist Intelligence Unit (EIU), divisão de pesquisa do grupo que edita a revista britânica "The Economist", projeta queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,5%. Aposta que a economia global terá uma contração de 1,9% em 2009, um dos motivos que levaram a consultoria a reduzir a projeção de expansão do Brasil de uma alta de 1,6% para uma queda de 0,5%;
2) Já LCA Consultores estima alta de 2,5%;
3) O economista-chefe do JP Morgan, Fábio Akira, prevê crescimento de 0,8% para 2009, mas diz que a projeção tem "viés de baixa". O seu número pressupõe um cenário externo mais benigno no segundo semestre, que abra espaço para uma retomada mais forte do Brasil;
4) O consumo das famílias, em várias projeções, deve sofrer uma desaceleração expressiva. A deterioração do crédito é um dos fatores que vão atingi-lo;
5) A economista Marcela Prada, da Tendências Consultoria Integrada, também acredita em perda de fôlego do consumo das famílias, mas estima uma alta de 2% em 2009. Além da piora do crédito, ela ressalta o impacto negativo do desaquecimento no mercado do trabalho, o que afeta a confiança do consumidor. Para o PIB, Marcela projeta alta de 1,5%;
6) O economista-chefe da corretora Convenção, Fernando Montero, acredita num crescimento de 2,2%, embora sua previsão seja mais alta em grande parte por motivos relacionados à metodologia de cálculo das contas nacionais. A expectativa generalizada é de que a produção industrial cairá neste ano, mas o mesmo não deve ocorrer com a indústria no PIB. Segundo ele, três grupos importantes do setor de serviços - administração pública, intermediação financeira e aluguéis, com peso de 27% do PIB - servirão como um "amortecedor" para a desaceleração da economia.

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