terça-feira, 3 de março de 2009
Apostas sobre a economia nacional
Ainda as opiniões de Francisco Petros e José Marcio Mendonça:
(1) A desaceleração da economia brasileira se dará ao longo de todo o ano de 2009 e não apenas em um ou dois trimestres;
(2) Tal desaceleração tem substancial probabilidade de adentrar o ano eleitoral de 2010;
(3) Os gastos governamentais não serão capazes de evitar este processo contínuo de desaceleração, embora possa minimizá-lo. Há que se notar que, da mesma forma como ocorre nas principais economias mundiais, a disponibilidade fiscal para bancar políticas anticíclicas está por se reduzir velozmente. Adicionalmente, não se conhece o volume verdadeiro gasto pelo setor público nas políticas para combater a desaceleração econômica, especialmente em função da falta de transparência dos bancos públicos brasileiros, como é o caso do BNDES;
(4) O desemprego está em fase inicial e os seus efeitos sobre a confiança do consumidor serão crescentes e hão de deteriorar o crédito e o consumo. Além da política, é claro;
(5) A inflação está relativamente controlada, mas a sua tendência será basicamente definida pelos movimentos da taxa de câmbio. Do lado doméstico não há pressões substantivas, mas do lado externo há tanta incerteza que prever a taxa de câmbio, coisa que era tarefa dificílima, passou a ser impossível;
(6) O investimento vai cair sistematicamente. Seja do setor externo, por razões óbvias, seja pela falta de confiança dos capitalistas nativos. O PAC minimiza os efeitos, mas não muito.
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