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Aos poucos, as articulações políticas de natureza popular (de base social) são retomadas no Brasil. Cito quatro manifestações recentes ocorridas em Belo Horizonte:
1) Das 7:00hs da manhã até às 12:30hs, no dia 10/06/2008, 500 pessoas participantes da Assembléia Popular bloquearam a linha férrea da VALE na altura do bairro São Geraldo, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Exigiram a REESTATIZAÇÃO DA VALE, A PARALIZAÇÃO DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO, A IMEDIATA TRANSPOSIÇÃO DA LINHA E A INDENIZAÇÃO DAS FAMÍLIAS DE PESSOAS QUE FORAM MORTAS E MUTILADAS PELOS TRENS DA VALE.
2) Manifestantes exigiram do prefeito Fernando Pimentel a desapropriação de 11 mil metros quadrados de área ocupada pela Comunidade Camilo Torres. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais, dia 05 de junho de 2008, ordenou o despejo das mais de 100 famílias sem-casa da Ocupação Camilo Torres, Av. Perimetral, 450, Vila Santa Rita, bairro Jatobá, Belo Horizonte,MG. São mais de 50 mil famílias de sem-casa em Belo Horizonte.
3) Manifestação no plenário da Assembléia Legislativa de Minas, durante o “Seminário Minas de Minas”. Dez trabalhadores que conseguiram entrar foram duramente golpeados pelos seguranças e 2 ficaram bastante feridos. Com a intervenção de alguns deputados, foi possível contornar a situação e todos os trabalhadores e trabalhadoras entraram no plenário. A mesa tentou retomar o Seminário, mas foram impedidos pelos manifestantes que exigiam a leitura de um documento que foram protocolar. Depois de muita manifestação do plenário foi permitida a leitura do documento. O documento lido tratou da privatização da Companhia Vale do Rio Doce;
4) Manifestação na sede da CEMIG reivindicando redução no preço da energia da CEMIG.
A principal denúncia é de que o gasto familiar com energia é 7 a 10 vezes superior à paga por empresas.
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