sexta-feira, 20 de junho de 2008
Balanço do movimento estudantil atual, por Vladimir Palmeira
Vladimir Palmeira - Hoje, o movimento estudantil é apenas um movimento a mais em nosso país, ao contrário da época em que vivíamos sob o regime da ditadura militar, quando ele era responsável pelas manifestações por não existirem tantos veículos para esta manifestação. Atualmente, nós temos partidos políticos diversos, associações, sindicatos, movimentos sociais organizados. Infelizmente, porém, existe um corporativismo muito grande na universidade. O Ministério da Educação (MEC) é cada vez mais convencional nas políticas para o setor. O que nós vemos hoje em dia é que o governo do presidente Lula, apesar de ser o melhor governo que este país já viu nos últimos anos, ainda inova pouco em relação às políticas para o ensino superior. Além disso, existe um claro favorecimento para o ensino privado. (...) Nas instituições de ensino superior mantidas pelo Estado, existe um enorme aparelhamento de partidos políticos sobre o movimento estudantil. (...) Antes de 64, os congressos da União Nacional dos Estudantes (UNE) também eram financiados pelo governo. Atualmente, assim como naquela época, os governos financiam o movimento e os estudantes acabam perdendo em representatividade. (...) O movimento atual, porém, é muito oficial. (...) Você não vê, atualmente, o movimento estudantil discutir o papel social da universidade, não vê os estudantes indo para as ruas para falar sobre este tema. O que a universidade pode fazer para melhorar a vida da população? Qual a real função do ensino universitário no país? O que nós podemos esperar do ensino superior? Isso não é discutido pelos estudantes que fazem parte do movimento estudantil.
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2 comentários:
Mais do que um balanço - que todos reconhecemos como correto - esperávamos de Vladimir propostas para mudanças no ME para que ele retorne a ter a combatividade que esperamos dele e que o caracterizou nos anos de chumbo.
Em termos de movimentos sociais temos vistos sim movimentos organizados - desde o governo FHC -que também se abstiveram de questionar e exigir nas ruas o que o governo não estava realizando, mas que foi fartamente prometido nas campanhas.
Aqui, além do ME, devemos destacar e registrar que o PT tornou-se um Partido que não constestou FHC com a necessidade que merecia e que se dizia necessária, pois o PT não conseguiu naqueles dois mandatos dos governos FH colocar nas ruas a militância aguerrida, guerreira, combativa que sempre caracterizou o PT.
Prcisamos mais do que perguntas Vladimir. Precisamos de respostas e ação, companheiro.
Abraços,
Fernando Claro
Gostaria de saber se o senhor tem o balanço completo feito por Vladimir Palmeira, não apenas essa versão editada!
Se tiver, por favor enviar para espalhafato.gremiolut@gmail.com !
Obrigada!
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