sábado, 21 de junho de 2008
A imagem pública do MST
Tive acesso a uma recente pesquisa do IBOPE sobre imagem pública do MST, realizada em maio deste ano. Pesquisam 2.100 pessoas de algumas regiões do país. Socializo minha análise inicial:
a) O problema central do MST está nas capitais, com destaque para Belém e Vitória;
b) Nas duas capitais acima, coincidentemente os entrevistados são os que disseram conhecer melhor o MST: entre 17% e 27%, média superior às outras regiões pesquisadas;
c) A questão que fica é: como conheceram ou conhecem o MST? E a resposta está na própria pesquisa: a população pesquisada de Belém e Vitória é a que destaca os protestos organizados pelo MST como, além das ocupações, as ações de maior visibilidade do movimento. Nas outras localidades, esta modalidade de ação não tem o mesmo destaque;
d) Em relação à imagem favorável e vários outros indicadores positivos à imagem do MST, destacam-se regiões interioranas do país (Minas Gerais e Cariré), embora, surpreendentemente, são as que AFIRMAM NÃO CONHECER MUITO O MOVIMENTO (90%);
e) 46% da população pesquisada é favorável ao MST. Mas Belém e Vitória aparecem, novamente, como críticas à sua imagem;
f) PALAVRAS QUE DESTACAM O MST: VIOLÊNCIA (45%) e CORAGEM (27%). VIOLÊNCIA: mais citada em BELÉM, IMPERATRIZ e INTERIOR DE MG (57%, 47% e 50%). CORAGEM: mais citada no interior de MG, Dourados e Vale do Ribeira(31%, 24% e 33%). Vitória destaca as palavras “autoritarismo”, “ilegalidade” e “radicalismo”. Interior de MG: “justiça” (30%);
g) A QUE BENEFICIA. Para capitais: os líderes e participantes do movimento (ao redor de 45%). Interior: os mais pobres (com exceção do vale do ribeira): ao redor de 40%).
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