segunda-feira, 23 de junho de 2008

Brasil, no The Economist


"O Brasil está começando a comportar-se como um país sério". A afirmação é de Michael Reid, editor da seção das Américas na revista The Economist. Ele escreveu um artigo, publicado no último dia 19 no jornal espanhol El País, com o título "Já é amanhã no Brasil" (ou, em tradução livre, o 'futuro já chegou no Brasil'). Embora o Brasil se beneficie dos preços de algumas matérias-primas, o editor destaca a eliminação de barreiras tarifárias para a indústria como um impulso maior na economia. "Hoje a Embraer constrói um avião na China, a Vale se tornou a segunda maior mineradora do mundo e outras empresas brasileiras são líderes no setor agroindustrial". Destaca ainda a possibilidade que o país tem de ser uma potência energética, não só pelas novas descobertas de petróleo, como também pela produção de etanol, que "diferentemente do subsidiado etanol de milho norte-americano, é eficiente em termos econômicos e ambientais". E comenta ainda que "o Brasil pode aumentar a produção de alimentos e etanol sem tocar na selva amazônica". Ao falar dos benefícios econômicos e sociais, Reid fala do Bolsa-Família (que atende 11 milhões de famílias) e da obrigação de manter os filhos na escola para recebê-la. "Estas iniciativas, unidas a uma baixa inflação e rápido crescimento, reduziram os índices de pobreza" (passaram de 48% em 1990 a 33% em 2006). Cita também a melhora na distribuição de renda brasileira, "tristemente famosa por sua desigualdade", que fez com que oito milhões de famílias chegassem à classe média entre 2000 e 2005.

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