quarta-feira, 25 de junho de 2008
Limite de captação de água para BH
Os dados internacionais indicam que em vinte anos teremos chegado ao limite da captação de água potável no mundo. Mas em algumas regiões metropolitanas, este limite já chegou. Ontem, em Varginha, ouvi uma palestra do analista ambiental Milton Olavo de Paiva Franco, do IGAM, que me deixou de cabelo em pé (de boca seca seria o mais correto). O abastecimento da Grande BH chega perto do limite não apenas em veranicos (períodos de estiagem e muito sol em plena estação fria). A demanda média da Grande BH equivale a 14 mil litros por segundo, 91,5% da capacidade de produção do sistema. O aumento do consumo nos últimos anos ocorreu em meio à escalada da temperatura média da capital – em 100 anos, a média cresceu 2,5 graus, mais de três vezes mais na comparação com o resto do planeta (0,7 graus). O fenômeno deu-se no mesmo contexto da explosão populacional de BH. Em tempos de estiagem, a folga de 5% do sistema não garante abastecimento. Teremos que captar água para BH de outras bacias. E a população pouco sabe sobre isto. As escolas nem têm idéia do fenômeno e nossos jovens pouco sabem do risco. Ontem, falei para vários comitês da bacia do Rio Grande (aqui no sul de MG) e para estudantes da Unincor (em Três Corações). Hoje, vamos para a mística São Tomé das Letras. Encontro com o comitê da bacia do Rio Verde.
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Um comentário:
Caso sério, q precisa ser divulgado...
No Estado do Rio o governador quer plantar eucalipto p abastecer a ARACRUZ, na região do interior, conhecida por região das águas, que há anos vem sendo devastada...
Alguns proprietários já se habilitaram e já ouvi comentários de pessoas simples. Perguntei sobre uma boa água de beber que havia no distrito de uma das pequenas cidades, a resposta veio logo: "água? tinha... o eucalipto acabaou c tudo..."
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