sábado, 28 de junho de 2008

Brasil continua desigual, segundo João Pedro Stédile


Artigo de João Pedro Stédile, do MST, publicado no jornal O DIA, Rio de Janeiro:
"Em 2003, o rendimento médio dos dez por cento que ganham salários mais altos era de 4.620,oo reais. Passou para 4.850,oo em 2007. Os dez por cento de trabalhadores mais pobres que ganhavam menos, passaram de 169 reais para 206 reais em média, por mês, em 2007. A desigualdade entre os assalariados, de fato caiu, de 27,3 vezes entre os mais bem pagos e os menos pagos, para 23,5 vezes. Mas ainda ainda assim é uma vergonha. No entanto, não é isso que mede a desigualdade social e a renda. Isso mede apenas entre os que ganham salários. Mas não inclui a renda de lucro, juros, aluguéis, redimento de açoes, royalties,etc. A verdadeira distribuição de renda na sociedade se mede, pela comparação de toda riqueza produzida num ano: o PIB. E como ela é distribuída. Pois bem, na década de 60, o trabalho ficava com 50% de tudo o que se produzia e 50% para o capital. Em 2003, o trabalho ficou com apenas 39,8% e o capital 60,2%, e agora em 2007, o trabalho ficou com 39,1% e o capital subiu ainda mais para 60,9% de tudo o que se produz no Brasil."

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