terça-feira, 24 de junho de 2008

PF: chegou a vez do Tribunal de Contas de MG

As investigações da Operação Pasárgada, realizadas pela Polícia Federal (PF), chegaram aos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG). O ex-servidor Cássio Dehon Rodrigues Fonseca - que era lotado no gabinete do presidente do tribunal, conselheiro Elmo Braz Soares - e o auditor do TCE Édson Antônio Arger foram presos durante a operação, cuja segunda fase - batizada de Volta para Pasárgada - foi deflagrada no último dia 12. A PF investiga a suspeita de participação ou "conivência" de conselheiros num suposto esquema de recebimento de propina em troca da emissão de certidões negativas de eventuais pendências com o órgão. Conforme fontes da PF, estão sendo recolhidos indícios de que servidores contratados ou terceirizados estariam emitindo certidões para prefeituras que não possuíam documentos necessários para atender às requisições exigidas pela legislação. O foco da investigação é a suposta relação dos servidores com o lobista e com o Instituto de Gestão Fiscal (Grupo SIM). A empresa era contratada sem licitação para a prestação de serviços por administrações municipais investigadas. Sá Cruz e diretores do Grupo SIM foram presos na última operação. Ontem, o conselheiro-corregedor do TCE-MG, Antônio Carlos Andrada, solicitou à PF uma informação formal sobre a existência ou não de investigação no órgão. Pede também que a PF informe se algum conselheiro ou servidor está sendo investigado, solicitando a divulgação de seus nomes e a "imputação" que "é feita a cada um".

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