O novo partido (Solidariedade) retoma o ideário do "sindicalismo de negócios" (que no Brasil, ganhou a carinhosa alcunha de "sindicalismo de resultados").
Em Portugal, o Partido da Solidariedade Nacional foi criado em 1990 e desde sempre se vinculou à defesa dos direitos dos aposentados. Chegou a receber o nome de "partido dos reformados". Quem sabe?
26/09/2013 - 06h00
Paulinho diz que Dilma hoje é sua inimiga e promete apoiar oposição
FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
O deputado federal Paulo Pereira da Silva, eleito por São Paulo, deixou ontem o PDT para se filiar ao novo partido que acaba de criar, o Solidariedade, e do qual será o presidente nacional. Seu objetivo é fazer oposição ao governo de Dilma Rousseff, a quem chama de "inimiga". Em entrevista ao programa Poder e Política, da Folha e do UOL, Paulinho da Força Sindical (como é conhecido por presidir essa central de trabalhadores) afirmou que a tendência do Solidariedade é oferecer apoio à candidatura presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG). E Dilma? "Não fez nada. Não cumpriu uma [promessa]. Nenhuma. E virou minha inimiga dois dias depois que foi eleita", declarou.
Durante a entrevista, o político de 57 anos fez inúmeras críticas à presidente e ao governo federal petista. "Ela [Dilma] vive hoje da fama que o Lula tinha nessa área [sindical]. Você pode ver. O discurso dela é: 'Porque o Lula fez, o Lula fez'. Pergunte o que ela fez? Ela não fez coisa nenhuma. Para os trabalhadores, não".
Paulinho cita compromissos que a petista fez durante a campanha eleitoral de 2010 com várias centrais sindicais. Por exemplo, o fim da fórmula conhecida como fator previdenciário para as aposentadorias da iniciativa privada. "Ela se comprometeu junto com o ex-presidente Lula. E não cumpriu coisa nenhuma. Eu não tenho como apoiar alguém que concorda fazer as coisas para os trabalhadores e no outro dia muda de lado. Ela não é minha mãe".
(...)
Uma possibilidade de Paulinho mudar de opinião seria a volta de Luiz Inácio Lula da Silva como candidato. Mas essa saída seria remota. "Se ele falar hoje que é candidato... ele acaba com o governo da Dilma. Se ele não fala e deixa para mais para frente, as pessoas vão assumindo outros compromissos. Então, ele sabe que está inviabilizado". (...)
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