Soou o gongo para a formalização do novo partido de Marina Silva. Como o Palácio do Planalto afirmava à boca pequena, parece cada vez mais nítido que não haverá tempo para a formalização da Rede neste ano. Mesmo que ainda ocorresse, nasceria muito debilitado, dificultando a candidatura à Presidência da República. Marina poderia, assim, repetir em dimensão nacional o feito de Russomanno.
A ironia fina da história recente da política tupiniquim é que justamente o cavalo paraguaio até aqui deu uma dentro e Marina sai, finalmente, ferida.
Aécio Neves acertou o discurso. Agora foca na autonomia do trabalhador (o micro empreendedor individual) como contraponto à tutela das políticas de transferência de renda. Um discurso inteligente e que politiza a disputa eleitoral. A questão é se os problemas que levam Aécio ao terceiro ou quarto lugar no ranking de intenções de votos para 2014 (até aqui) podem ser superados com este acerto discursivo. Ou, ainda, se as dificuldades de Marina abrirão o caminho para a polarização PT-PSDB.
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