quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Os nomes da sucessão no Egito

Do G1:

Mohamed ElBaradei
Formado em direito pela Universidade do Cairo, ele atuou no Ministério dos Negócios Estrangeiros do governo egípcio antes de concluir o mestrado em direito internacional na Universidade de Nova Iorque. Exerceu funções na missão permanente do país natal na ONU, até ingressar na AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) em 1984. Assumiu a direção da Agência em 1997, e coordenou a instituição até 2009. Neste período, intermediou negociações com a Coreia do Norte e o Irã, e ganhou o prêmio Nobel da Paz, em 2005. Ficou conhecido pelos questionamentos sobre alegações americanas e britânicas de que o regime de Saddam Hussein teria armas de destruição em massa, antes da invasão ao Iraque em 2003.

Mohammed Badie e a Irmandade Muçulmana
Veterinário por formação, Badie já foi adepto da luta armada, e ficou preso por mais de nove anos acusado de integrar um grupo paramilitar na década de 70. Assumiu a liderança da Irmandade egípcia em janeiro de 2010 com um discurso moderado, defendendo reformas graduais, igualdade de direitos para as mulheres e para a minoria cristã do país.

Amr Moussa e a Liga Árabe
O diplomata e ex-ministro das relações exteriores do Egito Amr Moussa é um dos nomes mais cotados para a sucessão de Mubarak nas eleições presidenciais marcadas para setembro. Com passagens pelas embaixadas egípcias na Suíça e na Índia, missões e projetos realizados na ONU, o atual secretário-geral da Liga Árabe já admitiu para alguns veículos que cogita a hipótese de se candidatar ao cargo máximo de sua terra natal. Informações de que ele tem se reunido com Mohamed ElBaradei para trocar ideias e propostas para uma reforma constitucional e um processo eleitoral mais transparente correm pelos bastidores da imprensa internacional.

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