sábado, 12 de fevereiro de 2011

Argélia é a bola da vez


Foi Tunísia. Foi Egito. Agora é Argélia (foto).
Na verdade, a situação do Egito é a de uma transição tutelada. Dificilmente os jovens que foram às ruas serão representados num próximo governo, mesmo que a oposição vença as eleições programadas mais adiante. Mas será, de toda sorte, difícil entender o que será novo e o que será velho. A Irmandade Muçulmana, por exemplo, o grande temor dos EUA, está recheada de jovens de alta instrução. Este é o caso de Islam Loft, advogado que é líder da Juventude da Irmandande Muçulmana e que envolve até o sindicato dos médicos árabes. Enfim, o Egito piora em muito a compreensão de ocidentais em relação ao seu futuro e dinâmica política interna. O que dizer da Argélia? Um país marcado por revoluções, que abandonou o socialismo (após uma guerra civil que levou milhares de vidas) e têm nos militares, até hoje, o "fiel da balança" que sustenta sua "ordem". Nas eleições de 2004, o partido RND (Abdelaziz Bouteflika - RND) obteve 85% dos votos. Interessante como nesses países árabes onde há levante popular, os partidos governistas obtiveram quase a totalidade dos votos nas últimas eleições. Um dos grandes problemas da Argélia é o desemprego (hoje, em 12%, mas que atingiui 34% em 2002) e, principalmente, o subemprego (que muitos analistas afirmam que tem como causa a migração para os centros urbanos).

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