domingo, 20 de fevereiro de 2011

Agora é a Líbia


As forças de segurança da Líbia abriram fogo contra os manifestantes na segunda cidade do país, Benghazi, no domingo, disse uma testemunha, depois de muitas mortes em um dos dias de protestos mais sangrentos que assolam o mundo árabe. Os manifestantes, inspirados pela agitação na vizinha Tunísia e no Egito, exigem o fim da ditadura de Muamar Gaddafi, que já dura 42 anos. Suas forças de segurança responderam com violência. As comunicações estão sendo controladas, e o acesso de jornalistas internacionais a Benghazi não é permitido. O grupo Human Rights Watch disse que 84 pessoas foram mortas na cidade no sábado, elevando o número de vítimas fatais nos confrontos que ocorrem principalmente no leste do país para 173 em quatro dias de distúrbios.
No último dia 17, as convocatórias para protestos de massa invadiram o facebbok. Sob a palavra de ordem "Revolta de 17 de fevereiro de 2011: para fazer um dia de ira na Líbia", um grupo do Facebook, convocou manifestação contra o regime de Muammar Kadhafi e chegou a envolver 4.400 membros. Um outro grupo, com mais de 2.600 elementos, convidou o povo líbio a sair à rua por "um dia de ira contra a corrupção e o nepotismo", assinalando o aniversário da morte de pelo menos 14 manifestantes em Benghazi (nordeste) a 17 de fevereiro de 2006.

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