segunda-feira, 15 de novembro de 2010
O artigo de Palocci
Alguns trechos do artigo "Blitzkrieg, tática e estratégia", escrito pelo futuro primeiro-ministro de Lula no governo Dilma e que foi publicado na Folha de S.Paulo chamam a atenção. Vou destacar:
1) O G7 se esfacelou, e o G20, que teve papel importante na primeira onda da crise, tem agora dificuldades em induzir cada país a tomar decisões que diminuam o custo do ajuste global.
2) (...) a derrota parlamentar do presidente Barack Obama reduziu sua margem de manobra.
3) Por isso, é preciso insistir numa ação minimamente coordenada entre as principais economias, valorizando as boas práticas, que equilibrem fluxos de comércio e fortaleçam o nível de renda do trabalhador nos países emergentes.
4) Um recrudescimento protecionista terá efeitos deletérios de longo prazo. Proteção comercial é fácil de fazer e difícil de desmontar. Mas será um caminho inevitável se muitos países forem deixados à própria sorte.
5) A reunião do G20 em Seul, iniciada em ambiente de discórdia, encerrou-se com um vago compromisso de cooperação para sanar os desequilíbrios da economia mundial e as desvalorizações competitivas, um resultado modesto, mas melhor do que o esperado.
6) Mas não devemos nos iludir: nas guerras, os exércitos normalmente ficam exultantes com o sucesso da tática da Blitzkrieg -a ação relâmpago. Só muito tempo depois descobrem que, concentrados na tática, perdem na estratégia.
O Brasil, com Palocci, continuará na ofensiva internacional, tentando se destacar como articulador de peso. Identifica uma lacuna de coordenação internacional.
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