segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O papel do diretor no desempenho dos alunos


Após matéria publicada no Estadão, agora é a vez da Folha de SPaulo:

Rotatividade de diretor afeta nota de escola
21 de setembro, 2009

O que explica que, na mesma rede, algumas Escolas tenham resultados tão diferentes? Um estudo realizado a partir do Saresp 2008 (avaliação do ensino paulista) e da Prova Brasil 2007 (avaliação federal) mostra que, além de características dos alunos -que são responsáveis por mais de 70% do resultado final-, fazem diferença variáveis como diretor experiente, professores assíduos e estáveis e uso efetivo do livro didático.
Em Escolas da rede estadual paulista com piores notas, por exemplo, apenas 17% dos diretores estavam no cargo havia mais de seis anos. Nas melhores, essa proporção chegava a 47%. A média da rede é de 31%. O trabalho mostra que 35% das Escolas estaduais convivem com alto índice de faltas de professores. Nas piores, essa proporção chega a 38% e, nas melhores, fica em 28%.
O estudo é dos pesquisadores Naercio Menezes Filho, Diana Nuñez e Fernanda Ribeiro, e parte dele foi publicado no livro “Educação Básica no Brasil” (editora Campus), lançado em agosto. Foram comparadas características das 10% melhores e 10% piores Escolas pelas médias do Saresp e identificadas variáveis que estavam associadas a um aumento significativo das notas dos alunos. Outra constatação foi que, nas melhores, quase todos os alunos tinham acesso a livros didáticos e, em outubro, mais de 80% de seu conteúdo havia sido dado.
Para especialistas, o desafio de manter diretores e professores por mais tempo é maior nas Escolas de periferia, mais afetadas pela violência e menos atrativas aos profissionais.

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