A pesquisa CNT-Sensus testou oito cenários de primeiro turno para a Presidência, os oito com Marina, único nome a figurar em todas as simulações. A presidenciável verde oscila entre 4,8% das intenções de todo (contra José Serra, do PSDB, Dilma Rousseff, pelo PT, e Heloísa Helena, do Psol) e 11,2% (apenas contra Dilma e o tucano Aécio Neves).
Dilma Rousseff aparece em segundo lugar no cenário em que concorre com José Serra (19,0% contra 39,5%). Vence (por 23,3% a 16,8%) quando enfrenta Aécio Neves como candidato tucano.
As simulações de segundo turno, que permitem a comparação com a edição anterior, mostram oscilação negativa da candidata de Lula, embora dentro da margem de erro da pesquisa, de 3 pontos para mais ou para menos. Contra Serra, que se manteve estacionário (49,7% em maio, 49,9% em setembro), Dilma perde 3,7 pontos (28,7% em maio, 25,0% agora). É a primeira vez que a CNT-Sensus aponta oscilação negativa da intenção de voto em Dilma Rousseff.
Em um segundo turno contra Aécio, Dilma também oscila 3,6 pontos para baixo, embora continue vencendo, por 35,8% a 26,0% (em maio eram 39,4% e 25,9%).
Ciro também venceria um segundo turno contra Aécio, por 30,1% a 24%. Já num confronto final com Palocci, Aécio venceria por 31,4% a 17,5%, segundo a CNT-Sensus.
A pequisa mostra que José Serra é o presidenciável mais conhecido – apenas 5,2% dos entrevistados declararam não conhecê-lo. Em segundo lugar vem Ciro (13,2%), em terceiro Heloísa (16,6%) e em quarto Dilma (17,1%). Palocci (29,6%), Aécio (30,2%) e Marina (33,3%) são os menos conhecidos.
No quesito rejeição (em quem o entrevistado "não votaria de jeito nenhum") inverte-se a ordem. Palocci tem a maior rejeição (45,8%), seguido por Heloísa (43,0%), Ciro (39,9%) e Marina (39,0%). Dilma tem rejeição de 37,6%. Serra (29,1%) e Aécio (26,3%) são os presidenciáveis com menor rejeição segundo a CNT-Sensus.
Para 59% Brasil 'sai fortalecido' da crise
As avaliações de que o Brasil "está saindo da crise econômica e financeira" passaram de 35,9% em maio para 52,0% em setembro, enquanto as afirmações de que "continua na crise" recuaram de 55,3% para 40,7%. Indagados sobre "como o Brasil vai sair nesta crise", 59,4% responderam que o país "vai sair fortalecido" (em maio eram 55,9%) e 15,6% que "vai sair enfraquecido" (em maio, 19,7%).
A avaliação dos entrevistados mostrou-se mais negativa em relação a saúde (49,4% acham que piorou nos últimos seis meses e 23,4% que melhorou). Já as percepções sobre emprego, renda e educação mostraram-se mais positivas. Na área da segurança pública, a avaliação permanece negativa, porém atenuada em relação à edição anterior da pesquisa, em maio.
Já na pergunta que mede a expectativa para os próximos seis meses, todas as cinco perguntas tiveram resposta predominantemente positiva. O emprego vai melhorar para 19,6% e piorar para 12,4% (em maio, 56,4% a 16,5%). Mesmo na segurança pública, 48,2% avaliam que vai melhorar e 19,1% que vai piorar (em maio, 47,6% e 23,0%).
A peculiaridade mostrada pela CNT-Sensus é que o governador Jos Serra também tem o seu pior desempenho na Região Sudeste. Ele alcança ali 36,7% das intenções de voto, menos ainda que no Nordeste, onde tem 38,2%. O melhor desempenho de Serra é no Sul: 48,3% (os números são do primeiro cenário do primeiro turno, mas a tendência se repete nas outras hipóteses testadas).
Já Aécio Neves, ao contrário, tem seu melhor desempenho da Região Sudeste: chega alí a 21,4%, bais que os 18,9% obtidos no Sul, os 14,2% do Norte e os 9.9% no Nordeste (dados do segundo cenário). Os relatórios não permitem distinguir como se comportam os dois tucanos em São Paulo, base de Serra, e em Minas Gerais, bastião de Aécio, que são os maiores colégios eleitorais do país e compõem a Região Sudeste.
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