sábado, 12 de setembro de 2009

Empresariado brasileiro é conservador


Uma das máximas do capitalismo é o gosto pelo risco. Sem risco não há capitalista. Mas o empresariado brasileiro se formou a partir de baixo risco (que transfere quase sempre para o Estado; basta analisar a dívida privada do empresariado do setor sucro-alcooleiro que foi transferida muitas vezes para o Estado brasileiro). Agora sabemos que saímos da recessão, com o PIB crescendo 1,9% em relação ao mesmo período (janeiro a março) do ano passado (dado do IBGE). Também já sabemos que o empresariado tupiniquim exagerou nos cortes e demissões na virada de 2008 para 2009. Mas os investimentos não seguem a lógica de retomada do crescimento: obras em infraestrutura e compra de máquinas e equipamentos ficou praticamente estacionada. No trimestre, atingiu pouco mais de 15%, menor índice desde 2003.
Alguns analistas dizem que este conservadorismo se relaciona com a "memória da crise". Historicamente o nome é outro: conservadorismo empresarial.
O leitor ainda tem dúvida sobre esta afirmação? Então compare a disputa entre empresários norte-americanos em relação a quem faz maiores doações na área social (o que é antigo, basta estudar a história da criação do museu dos chineses, em Chicago) com os empresários brasileiros.

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