No final do primeiro trimestre Aécio Neves adequou o custeio do Estado. Diante das novas estimativas, que já previam queda no PIB, secretarias, autarquias e fundações terão que se ajustar a novas metas que estabelecem gastos menores com custeio que variam de 10% a 20%. A perspectiva era economia de R$ 430 milhões ao longo do ano.
Agora já entramos no último trimestre do ano. E Aécio remanejou 146 milhões que seriam destinados à saúde, segurança e fiscalização tributária para garantir salário de outubro aos funcionários públicos. O governador mineiro diz que com a decisão do início do ano, fez um fundo de reserva. Mas não deu para chegar até o final do ano.
Minas Gerais foi o Estado brasileiro com maior queda de arrecadação do ICMS neste ano (queda de 5% no primeiro semestre).
Já comentei neste blog as dificuldades estruturais: pauta de exportação baseada em commodities e em produtos com baixo valor agregado; mão de obra com baixo nível de rendimento e uma sucessão de governos que não atuaram como bússolas do desenvolvimento estadual. Assim, ficamos parados na onda do saneamento das contas públicas e deixamos a indução e organização do desenvolvimento para as traças.
Agora colhemos os frutos.
Em suma: o discurso de Aécio vai perdendo, muito lentamente, o charme que tinha quando se elegeu pela primeira vez governador. O charme, mas não a influência.
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