quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Honduras
A situação dramática em Honduras começa a desenhar uma trilha nítida de pressão internacional contra o regime golpista a partir de Honduras. Esta é uma situação a chamar nossa atenção: não se trata de uma pressão externa, apenas. Com a guarda que a Embaixada brasileira concedeu ao Presidente Zelaya, a resistência interna ganhou uma nova dimensão territorial.
Vários parlamentares brasileiros manifestaram, hoje, interesse em viajar até Honduras para apoiar Zelaya, a partir da Embaixada. Muitos movimentos e organizações populares de Honduras sentem o momento e resistiram ao toque de recolher, acabando por obrigar o regime golpista a suspender esta medida (retomando, novamente, poucas horas atrás). Tal articulação da resistência interna e pressão internacional (agora, no interior do país) diminuiu a sanha golpista que a deposição de Zelaya estimulou em outros países da região, como Nicarágua e Guatemala.
O país já sofre com a crise e o sinal mais nítido é o desabastecimento de postos de gasolina e supermercados. A repressão aos manifestantes contra o golpe é aberta, inclusive em cidades industriais, como San Pedro Sula. Os golpistas tentam revidar com o anúncio de uma passeata dos "camisas brancas" (nome que deram aos seus apoiadores).
Já a ONU acaba de emitir nota que não recomenda as eleições em novembro, trunfo e argumento dos golpistas para afirmar que não rasgaram a Constituição de seu país. As Nações Unidas afirmam que não há condições para realização de eleições e que direitos civis não estão sendo respeitados. "A situação em Honduras só pode ser descrita como alarmante," disse em nota Susan Lee, diretora da Anistia Internacional para as Américas.
Enfim, a Embaixada do Brasil se transformou no símbolo maior de resistência ao golpe. Quem diria....
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Um comentário:
É, realmente o gigante, parece-me, está acordando do seu berço esplendido...
Parafraseando o professor, quem diria!!??
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