segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Bater em crinaças diminui QI


O Q.I. (quociente de inteligência) de crianças entre 2 e 4 anos que receberam palmadas regulares de seus pais caiu mais de cinco pontos no decorrer de quatro anos, comparado com o de crianças que não levaram palmadas. "O lado prático disso é que os pediatras e psicólogos precisam começar a fazer o que nenhum deles faz agora, e dizer, 'não batam, sob qualquer circunstância'", diz Murray Straus, sociólogo da Universidade de New Hampshire, em Durham, que capitaneou o estudo juntamente a Mallie Paschall, do Centro de Pesquisa e Prevenção em Berkeley, na Califórnia.

Esta notícia já tinha sido objeto de ensaios de Jean Piaget nos anos 30 do Século XX. Mas que não se popularizou. E esta sanha pela disciplina (por que não lêem o instigante livro de Yves de la Taille sobre o limite como tema da educação?) acaba por jogar água na onda conservadora que acomete o pragmatismo de nossos gestores educacionais. Volto a destacar o absurdo da premiação de professores a partir do desempenho dos alunos, o mais conservador e inconsistente instrumento de controle de nosso corpo docente. Não adianta informar que o maior peso no desempenho dos alunos é o hábito familiar. Não adianta provar que há relação entre desempenho e IDH regional.

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