Recebo um interessante estudo de Flávio Lúcio Pinto (mestrando em ciência política da UFMG), intitulado “A representação política e as migrações partidárias na Assembléia Legislativa de Minas Gerais”. Um desses estudos raros em MG que analisa politicamente o próprio Estado. O estudo analisa as duas últimas legislaturas. Como era de se esperar, revela que os deputados migram rapidamente para partidos da base aliada do governador em tela. Onze deputados migraram constantemente durante as duas legislaturas. Há casos exóticos, como do deputado Antônio Genaro, que migrou quatro vezes em duas legislaturas (PPB, PFL, PSD, PFL e PSC). Mas há situação mais estranha, como a do deputado Irani Barbosa: cinco migrações (PMDB, PFL, PTB, PSD, PFL e PL). O PFL foi o partido mais utilizado como “estacionamento”, onde os deputados migrantes paravam por pouco tempo para logo partir para outra aventura partidária. O estudo também demonstra como Abrúcio e Limongi dominam completamente a bibliografia dos estudos políticos da UFMG. E como o espaço das oposições é cada vez menor. Qualquer que seja o governo.
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