Os órgãos oficiais do goveno mineiro já sugerem que Minas Gerais já entrou em recessão e deverá crescer, em 2009, abaixo da média nacional. Alguns dados sobre a composição do PIB de MG podem ajudar a visualizar este cenário:
1) A estrutura setorial do PIB mineiro é marcado pelo setor de serviços (59,8%), seguido pela indústria (31,8%) e agropecuária (8,4%);
2) Contudo, o desempenho do PIB setorial mineiro foi inversamente proporcional à importância de cada setor. O PIB Agropecuário foi + 0,96 em 2005 e foi crescendo até atingir + 16,12%, em 2008. Já o PIB da indústria saiu de + 4,32% (2005) e chega em 2008 com + 3,88%. Finalmente, o setor de serviços saiu de + 4,03% e chegou a +5,07%. O setor industrial, contudo, chegou a crescer mais de 7% em 2007 e o setor de serviços apenas 5,3% naquele ano. Enfim, no período 2005-2008, o desempenho de cada setor foi realmente inversamente proporcional à sua importância para o PIB de Minas Gerais.
A arrecadação de impostos federais em Minas Gerais recuou 14,7% na comparação entre o primeiro trimestre deste ano com o do ano passado. A queda da arrecadação foi contínua durante os últimos cinco meses.
Por outro lado, MG é o segundo Estado do país com maior gasto em pessoal (comprometendo 45,7%, perdendo apenas para o Acre, que atingiu 45,8%).
Enfim, o discurso de gestão equilibrada do governo estadual é relativamente inadequado. O que chama mais a atenção foi a energia investida na organização da máquina estatal (não tão equilibrada, como se percebe) e a imensa dificuldade de orientar ou fomentar o desenvolvimento estadual. Faltou liderança neste aspecto. Possivelmente por crença e ideologia, já que politicamente Aécio Neves conseguiu segurar todo o imenso interior mineiro até outubro do ano passado.
Parafraseando o famoso marketeiro norte-americano: é a política, imbecil!!
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