Dormi no ponto e esqueci de citar, no blog, o aniversário da Revolução dos Cravos: 35 anos. Uma revolução das mais românticas, que teve início, após a meia-noite de 25 de abril de 1974, com a música até então proibida "Grândola Vila Morena". «O mundo sabia muito pouco de Portugal», recorda Martha de la Cal, que partiu dos Estados Unidos aos 19 anos e chegou a Portugal em 1967 para fazer turismo. A descrição de Martha revela a surpresa mundial que foi o levante que derrubou a ditadura de Salazar: «Queriam eleições, queriam acabar com a guerra em África (...) e fiquei a saber de tudo isto no meio da rua».
As comemorações em Portugal vieram envoltas no tradicional clima pessimista que caracteriza o país. Principalmente em meio ao impacto da crise mundial, destacada até no discurso oficial do presidente Cavaco e Silva, que num anti-clímax tremendo denominou os desempregados de "novos pobres". O índice de desemprego de Portugal deve acompanhar o brasileiro, em 2009, ao redor de 9%. A vizinha Espanha amarga uma situação muito pior.
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