quarta-feira, 27 de maio de 2009

Os governos nordestinos de coalizão: meio copo cheio ou meio vazio?


Acompanhei, nos últimos tempos, dois governos estaduais de coalizão: Maranhão e Bahia. Surpreendentemente (para um não nordestino, como eu), os dois governos eram de ruptura, porém mantinham no seu interior uma composição que dava grande espaço à forças políticas que teoricamente superavam. No governo Jackson Lago, a presença de sarneysistas (inclusive familiares dele) aparecia em várias funções fundamentais. Na Bahia, o governo Jacques Wagner mantém em várias estruturas carlistas de longa militância. Trata-se de uma transição moderada, portanto, que muitas vezes aparece como ruptura real. Os discursos e embates de grandes caciques dá um falso tom a uma realidade que, de fato, é muitas vezes um arranjo. O Brasil é um país de transições lentas na política oficial.

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