quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A difícil tarefa de entender a política mineira


As últimas pesquisas de intenção de voto revelam mudança significativa nas posições entre os candidatos à prefeitura de BH neste segundo turno. Se o primeiro turno foi uma surpresa em Minas Gerais, tanto na capital, quanto no interior, o segundo turno continua mantendo uma aparente falta de lógica. É verdade que Quintão acusou o golpe e começou a se defender do tal discurso que teria feito em Ipatinga na convenção do PMDB, em junho passado, demonstrando seu lado raivoso e grosseiro. Começou a se defender nos programas de televisão. Também é verdade que a campanha de Lacerda começou a atacar Quintão em duas frentes: a) enviando emails em profusão para lideranças e entidades, para estabelecer a dicotomia entre esquerda e direita (algo que absolutamente não é o caso) e b) aumentando o ataque fronta para consolidar a imagem de que Quintão seria falso. Mas nada disso parece ter empolgado a população. Não percebo nenhuma racionalidade de rua entre ter votado contra a imposição mas recuado no segundo turno para não dar a vitória a Quintão. Não percebo um mero "pito" em Aécio e Pimentel e um recuo e parcimônia no segundo turno. Enfim, a política em MG é realmente muito diferente do restante do país. Não é exatamente uma comoção, um debate público, em massa. É uma decisão tortuosa, marcada pela prosa, pela relação comunitária e grupal. As ações de massa significam pouco e sinalizam menos ainda. Não tenho idéia nenhuma do que ocorrerá no final de semana, a não ser que as opiniões oscilaram de semana em semana, demonstrando muito pouca convicção do eleitor. Falta de opção? Falta de compromisso? Falta de informação?

Um comentário:

Graziele Zahara disse...

Parece que aqui em BH as pessoas começaram a se preocupar com os resultados das eleições (mas só das eleições o prefeito fica 4 anos ao léu). Não sei se a minha forma de estratégia de voto foi a melhor, apesar do Quintão não ter ganho. Mas as justificativas do motivo de se votar ou não em tal candidato eram sempre seguidas de um e-mail que recebeu do amigo de uma amigo de um primo, ou de um folder lindo e caro que recebeu pelo correio ou de algo que viu no youtoube. É osso!!!