domingo, 20 de julho de 2008
Belluzzo: o futuro presidente do Banco Central
Lula tenta, até agora sem sucesso, fazer de Belluzzo o próximo presidente do Banco Central. Extrai duas passagens de um artigo que escreveu sobre a globalização que, levado à prática, poderia indicar mudanças na política do BC. Aliás, o próprio Belluzzo se define como keynesiano:
"Um estudo do economista Andrew Glynn, da Universidade de Oxford, mostra que, depois de quase 20 anos de predomínio das doutrinas e das práticas liberalizantes, o resultado não tem sido animador nos países industrializados do G7. A taxa de acumulação do conjunto dos negócios privados vem declinando sistematicamente, nestas economias, desde meados da década dos setenta e esse declínio tem sido mais acentuado no setor manufatureiro. A acumulação de capital privado evoluía, entre 1960 e 1973, à taxa anual de 5% nos países industrializados, caindo para 3%, em meados da década dos 80. No caso da industria manufatureira, a queda foi ainda mais pronunciada: de 5,5% para menos de 2%. No final dos oitenta ocorreu uma recuperação, logo abafada pela forte recessão do início da década de noventa."
"Para escândalo dos liberais, a grande empresa que se lança às incertezas da concorrência global, necessita cada vez mais do apoio do Estados Nacionais dos países de origem. O Estado está cada vez mais envolvido na sustentação das condições requeridas para o bom desempenho das suas empresas na arena da concorrência generalizada e universal. Elas dependem do apoio e da influência política de seus Estados nacionais para penetrar em terceiros mercados (acordos de garantia de investimentos, patentes etc..), não podem prescindir do financiamento público para suas exportações nos setores mais dinâmicos e seriam deslocadas pela concorrência sem o benefício dos sistemas nacionais de ciência e tecnologia."
O que conta contra ele é ser palmeirense.
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